Recentemente desmontámos um dos compostores itinerantes, que estava no fim do processo de maturação para termos disponível matéria para aplicar nos canteiros a serem refeitos em breve na horta de inverno. A natureza com a nossa ajuda e em apenas ano e meio, transforma cerca de 6 meses das nossas necessidades numa considerável quantidade de composto, que está agora preparado para incorporar os nossos canteiros de produção alimentar. Há mais 6 anos que temos este processo a funcionar perfeitamente e sem dúvida o destino final das necessidades humanas, não é na água, nos rios ou no mar, mas sim no solo. Aproveitando esta matéria, tratámos de preparar um novo canteiro onde semeámos trigo barbela já com o processo de germinação activo para mais facilmente enraizar. Foi semeado no referido composto de humanure húmido bem curtido e coberto com palha velha que veio também do compostor! Na próxima primavera esperamos colher o nosso primeiro trigo “morto-vivo” totalmente biológico. Esta á a nossa primeira experiência com um trigo quase extinto, que já se deixou de produzir várias vezes, daí se dizer que está morto ou está vivo (morto-vivo). É um cereal português muito antigo, não modificado, e com um nível muito baixo de gluten, que dá uma palha maior e melhor que o trigo convencional. Aparentemente ele não precisa de grandes cuidados e diz-se que é mto resistente a condições difíceis, daí tb ser o melhor trigo que podemos reproduzir e comer, pois está tb completamente adaptado ao nosso clima e solo e por conseguinte, a nós! Só se produz em muito pequena escala por muito poucos agricultores. Está morto na generalidade, pois pelo que há registo existe apenas um produtor no Ribatejo, outros em Trás-os-montes e um na Lourinhã. Mas na nossa zona e á nossa escala, esperamos que se mantenha bem vivo e que tenhamos sementes para disponibilizar aos nossos apoiantes no próximo ano!



















