Evolução do Espaço – Out. 2018

Esta semana tem sido de imenso trabalho, cuidando das novas plântulas, podando e transformando ramos indesejados, ao mesmo tempo que vamos substituindo algumas plantas anuais ou algumas que não prosperaram como desejado. Aos poucos vamos afinando e embelezando o espaço, aproveitando para triturar toda a matéria e cobrindo o solo com a mesma. Sob vigilância, vamos permitindo que as nossas galinhas acedam a novos espaços para controlar invasoras, insectos indesejados e fertilizar o solo.

Neste momento, continuamos a colher figos de outra figueira que os disponibiliza agora, tivemos ainda alguns marmelos duma pequena árvore muito jovem e até já temos alguma tangerinas boas, mas fora de época. Continuamos a renovar as sementes nativas tradicionais de milho que nos foram cedidas há dois anos e neste momento já contamos com muitas mais do que as que nos foram oferecidas! 😉

Hoje, tivemos a oportunidade de cortar e ficar com a matéria de uma nespereira morta que estava no terreno do vizinho. Assim vamos poder transformar esta árvore morta em lenha para o inverno e em cobertura de solo para os caminhos. Os próximos tempos serão de transformação, recolha e protecção preparando o espaço para o inverno que vai chegar.

Esforço Físico vs Mecanização em Pequena Escala

Esta semana, nos intervalos de tempo sem chuva, temos aproveitado para reunir as condições e os materiais necessários para avançarmos com a preparação dos primeiros canteiros da nossa renovada horta. Ainda sem a possibilidade de investirmos numa roçadora, foi necessário fazer o corte de ervas indesejadas, à mão. Cada vez mais, sentimos a necessidade de utilizar determinadas máquinas para acelerarmos processos de regeneração, libertando tempo para outras tarefas, ao mesmo tempo que se facilita a carga e evitam esforços desnecessários, especialmente quando se desenvolve um projecto em pequena escala e sem a contribuição de outros recursos humanos.

Certas tarefas exigem imenso do nosso físico e lesão após lesão, ao longo destes anos, os abusos causaram danos irreversíveis acompanhados de tendinites, inflamações e dores crónicas musculares que têm vindo a contrariar o nosso objectivo de nos tornarmos ainda mais saudáveis.

Este ano, investimos num pequeno e simples cultivador que de acordo com o que expliquei anteriormente, se tornou uma necessidade, pois na preparação e recuperação do nosso solo, temos de remover todos os pequenos elementos de lixo que foram sendo depositados no passado, pelo dono anterior. Após quase três anos, e quando menos esperamos, continuamos a encontrar pedaços partidos de chapa lusalite, vidros, plásticos, cordas de nylon, etc… Revolver todo este solo e o restante espaço que ainda não pegámos, utilizando apenas a enxada, não é de todo uma experiência agradável, nem podemos aceitar como hipótese.

Nos últimos dias, removemos os restantes elementos de lixo do solo e preparámos este conjunto de 3 canteiros elevados num espaço de 16m2, que hoje foi coberto fortemente com palha e está pronto a ser populacionado com as mudas que desejarmos plantar. Entretanto estamos a planear utilizar o espaço vertical deste canteiro, criando uma pequena estufa que o englobe, dobrando a sua funcionalidade, ao mesmo tempo que se aproveita a parede anexa como massa térmica.

Parece que vem aí mais um projecto novo – Estufa low cost! 😉

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Alimentar e Proteger o Solo

Durante esta semana ocupámo-nos também do corte ou retirada de plantas secas para avançar com o processo de compostagem no local, alimentámos o solo que tinha acabado de produzir com composto de minhocas e cobrimos com palha já em processo de decomposição, ou seja já com bastantes fungos e húmida. Por fim regámos tudo para manter o nível de humidade. Infelizmente não temos ainda disponível “matéria verde” em quantidade (eucalipto ou bananeiras) que pudéssemos cortar e largar por baixo da palha para criar depósitos de água que ao longo do tempo vão alimentando as necessidades do solo. Os pequenos eucaliptos que plantámos para o efeito ainda vão demorar o seu tempo a crescer e as bananeiras estão a servir a sua função na fossa de tratamento de águas cinza. Até lá vamos fazendo compostores em vários locais, vamos reproduzindo e plantando pontualmente árvores que suguem água e crescam rápido, para que a longo prazo, através de um manejo consciente, possamos deixar de necessitar de regar a horta! A nossa menina já está familiarizada com estes conceitos e participa em todas as tarefas! 😉

 

Compostores e Resultados Práticos

Hoje vazámos pela segunda vez um dos compostores mais antigos, separando alguma palha não compostada nos rebordos e topo, que serviu de cobertura de solo para várias árvores. A restante matéria, foi arejada, molhada e adicionada ao composto finalizado que temos utilizado nos vasos, covetes de germinação e na horta, mas que vai ficar em repouso durante alguns dias para o peneirarmos.

Criámos ainda um novo compostor entre a oliveira e a alfarrobeira. Esperamos que as mesmas se desenvolvam mais rápido e se mantenham nutridas. Esse foi o resultado que observámos nas duas ameixeiras e pereira que estão entre os compostores iniciais e que estão carregadas de fruta neste momento. O Sabugueiro que lá temos ao lado, cresceu uns 500% desde que foi plantado ao lado do compostor, já deu imensa flor e está agora a dar bagas! 😉

Mais Colheitas e Plantações Experimentais

Nos últimos dias temos vindo a colher brássicas que iremos fermentar e utilizar em crú na nossa dieta. Colhemos também várias plantas de grão para obtermos as nossas sementes já adaptadas e com memória genética, a utilizar nas próximo ciclo reprodutivo. O debulhar do grão foi feito com a ajuda da nossa menina que adorou tirar os grãos das cápsulas! Ao mesmo tempo, concluímos o segundo canteiro em espiral com milho abóbora e feijão, distribuíndo todas as plântulas de Abóbora por outros canteiros e no fardo de palha humedecido e fertilizado com composto. Sabemos que as abóboras provavelmente já vão tarde, mas como temos um microclima especial, pode ser que consigamos ainda alguma coisa até ao Outono!  Por fim, cobrimos tudo com bastante palha para manter a humidade no solo e nutrir o mesmo com carbono! 😉

Dia de Verão

Hoje esteve um autêntico dia de verão! Que calor! O dia começou bem cedo com o cuidar e o regar das plantas mais sensíveis. A meio da manhã já tínhamos a limpeza e o arejamento dos conceitos concluído e o nosso modesto sistema fotovoltaico já estava a full power e a carregar todos os dispositivos com bateria. Aproveitámos ainda para carregar um banco de energia externo a partir do inversor que restaurámos o ano passado. À hora do almoço já contava com três duches de água aquecida pelo Sol no chuveiro exterior! 😉

Da parte da tarde aproveitámos o bom tempo, para mais actividades em família. Fomos até à praia com a nossa carrinha e aproveitámos para dar o primeiro mergulho do ano no mar! De regresso, fomos à mata recolher caruma e umas pernadas de eucalipto para fazermos os nossos bálsamos e sabonetes naturais. Ao chegarmos, tratámos de cobrir  o solo de um dos nossos acessos com a caruma que recolhemos. Carrinha limpa e arrumada, toca a tomar um último duche para fechar o dia em beleza. Por fim o descanso e a luz do Sol a desaparecer gradualmente na nossa cúpula! Até amanhã.

Arrumações, Cobertura de Solo, Propagações e Futura Oficina

Durante o dia de hoje tratámos de arrumar e separar materiais para futura reutilização, libertando o espaço destinado à futura oficina e condensando tudo junto aos telheiros exteriores. Aproveitámos também para continuar com o controlo da altura da cobertura de solo e com a propagação em vaso, neste caso de hortelã pimenta que está a rebentar nas zonas limítrofes do local de plantio. O processo de purga do solo na zona da futura oficina está quase concluído, faltando preparar apenas um par de metros quadrados. Muito trabalho como sempre, mas o resultado final promete! 😉

Tudo a postos!

Durante o dia de ontem enviámos uma encomenda de produtos eco para a nossa amiga Luísa e conseguimos finalmente concluir o nosso chuveiro exterior. Uma simples torneira dupla para rega com reguladores, que adaptámos para ser utilizada no sentido inverso, permitindo a junção da água quente da bailarina com a água fria do ponto de água. Para testar o sistema ontem ao final da tarde acendemos a bailarina e foram vários os banhos de água quente durante a noite até nos irmos deitar! 😉

Durante o dia de hoje estivemos mais uma vez ocupados com arrumações e limpeza dos espaços, pois amanhã recebemos a primeira visita com permanência de 24h no nosso espaço. O WC de apoio e o Abrigo Hobbit estão no ponto. Os caminhos foram abertos e limpos, o acesso ao espaço também e ainda demos uma última penteadela no terreno aproveitando para cobrir o compostor e adicionar mais matéria orgânica. A toda a volta do chuveiro exterior plantámos erva princípe (Cymbopogon citratus) que gosta de solos húmidos e exposição solar. Aproveitámos para cobrir o solo com matéria morta da abertura dos caminhos! Desta forma vamos tentar potenciar um cheiro agradável no espaço do duche e afastar insectos ao mesmo tempo.

Cobertura de solo e composto

Aproveitámos o tempo farrusco de hoje, para passar o dia na rua a tratar de alimentar as nossas espécies com composto e cobrir o solo ao seu redor com matéria cortada para manter a humidade e alimentar as plantas a médio prazo. Continuamos com a saga que recolocar algumas espécies que não ficaram plantadas num local propício durante o workshop de dia 30, mas a cada dia que passa tudo se está a compor. Aproveitámos para fazer novas mudas e preparar mais espécies para incorporarem o nosso sistema.

Ainda finalizámos um dos pontos de água reutilizando peças que tinhamos recolhido anteriormente, permitindo chegar com a mangueira a todo o lado, facilitando a rega e futuramente a alimentação do lago.

Depois do trabalho feito, foi altura de regar, tomar um banho de água quente a lenha e preparar as actividades dos próximos tempos! 😉

 

Adicionando Carbono e Retendo a Humidade / Adding Carbon and Retaining Moisture

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Utilizando o triturador de ramos, é uma maravilha ver como canas secas passam rapidamente a cobertura de solo e a serragem para a sanita seca. Sacas de aparas já são sete. O restante conteúdo foi aplicado nos conteiros à volta das árvores. Adicionamos esta matéria como alimento para os microorganismos do solo e de forma a evitar a perda de humidade e resistência ao calor do verão.

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Using the shredder, it’s wonderful to watch cane material transformed into soil cover (mulch) and sawdust/wood chips for our composting toilets. We managed to fill seven big bags. The remaining material got distributed around our trees to feed the microorganisms in the soil and to maintain moisture in the ground so that the trees can better withstand the summer hear.

Finalização de alguns canteiros.

Depois da primeira camada de cobertura de solo e depois de bem humedecida, foi altura de retirarmos o húmus do nosso vermicompostor e adicionar fertilidade pura aos nossos canteiros. Decidimos para isso criar uma massa com água, misturando o húmus, algumas minhocas e a borra de café que havíamos separado anteriormente. Esta pasta foi espalhada nos canteiros e mais uma vez humedecida com água.

Por fim adicionámos uma camada extra de cobertura de solo, para proteger os microorganismos do solo, as minhocas e para manter a humidade nos nossos canteiros! 😉

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Nova camada de cobertura de solo.

Hoje durante a tarde fomos à floresta buscar cerca de cinco carros de mão de material para fazermos uma lasanha natural e finalizar alguns dos nossos canteiros. Depois da reparação de solo das últimas semanas hoje começámos por adicionar uma camada desta mistura de matéria verde e matéria castanha, rica em nitrogénio e carbono respectivamente.

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Recuperação de solo.

Hoje fomos buscar mais pedras para o lago, que está quase concluído! 😉 A par dessa actividade continuamos a germinar e a plantar algumas árvores, arbustos e espécies para alimentação.

Algo que nos deixa satisfeitos é o facto de estarmos a experimentar e a construir solo numa zona de declive e limite do terreno que se perderia ao longo do tempo com a acção dos agentes de erosão caso o solo se mantivesse descoberto. Aos poucos temos vindo a adicionar matéria orgânica na forma de troncos, verdes da quinta, borra de café e folhas secas (castanhos)  como cobertura de solo. Neste momento temos algumas zonas críticas do terreno bastante evoluídas e já temos algumas espécies muito bem adaptadas. O Feijão Azuki está a ser um sucesso e aparenta um aspecto muito saudável.

Estas são as imagens de hoje! 😉

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Mais uns pormenores.

Hoje estivemos a vedar e a criar mais sombra na zona do lago e a estabelecer uma separação da zona das galinhas. Reutilizámos os materiais que tínhamos à disposição – malha de aço, restos de rede de sombra, uma laje de pedra e uma parte de palete que servirá de porta. Entretanto fizemos cobertura de solo com uma saca de folhas secas que nos deram há uns tempos, como forma de manter a humidade no solo! 😉

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